Battlefield 6 não contará com Ray Tracing em seu lançamento e, segundo os desenvolvedores, o recurso não é necessário e não há planos de implementação futura.
A confirmação veio de Christian Buhl, Diretor Técnico da Ripple Effect, em entrevista ao portal ComicBook. Segundo ele, a ausência da tecnologia não se deve a limitações técnicas da engine Frostbite, mas sim a uma escolha estratégica voltada para a performance e otimização.
Não, não teremos Ray Tracing quando o jogo for lançado e também não temos planos para isso num futuro próximo. Isso aconteceu porque queríamos focar no desempenho. Queríamos garantir que todo o nosso esforço estivesse concentrado em tornar o jogo o mais otimizado possível para as configurações padrão e para os usuários padrão. Então, tomamos essa decisão relativamente cedo de que simplesmente não faríamos Ray Tracing e, novamente, isso foi principalmente para que pudéssemos focar em garantir um bom desempenho para todos os outros, explicou Buhl.
Foco em estabilidade e competitividade
A decisão se alinha ao perfil da franquia, que sempre priorizou a experiência multiplayer em larga escala. Nesse tipo de jogo, cada frame por segundo faz diferença para manter partidas equilibradas e competitivas, especialmente em mapas vastos com dezenas de jogadores simultâneos.
Mesmo sem os efeitos avançados de iluminação e reflexo, a Frostbite já oferece visuais de ponta. A engine evoluiu ao ponto de entregar cenários altamente detalhados, destruição em tempo real e iluminação realista, garantindo que Battlefield 6 continue sendo um destaque gráfico da geração.
Curiosamente, a decisão marca um contraste com o lançamento de Battlefield V em 2018. Na época, o título foi um dos primeiros a receber suporte para Ray Tracing em parceria com a NVIDIA, servindo como vitrine para a estreia das placas RTX da série 20. Hoje, porém, a prioridade mudou: em vez de exibir tecnologias de ponta, a DICE optou por entregar desempenho consistente e estabilidade para todos os jogadores.
Com isso, Battlefield 6 reforça sua proposta de ser uma experiência fluida, otimizada e competitiva, mesmo que isso signifique abrir mão de recursos visuais mais pesados.